sexta-feira, 19 de dezembro de 2014

Um poema para Rómulo de Carvalho - Poemas Vencedores

Agradecemos o apoio da Biblioteca do CMP e das docentes do grupo de línguas / português que pertenceram ao júri.

O júri decidiu atribuir dois 1.ºs Prémios e um 2.º Prémio, nas categorias 1 e 4.

Categoria 1

1º Prémio - "Maresia"
Aluno do 1º CEB - 4º ano - David Sousa de Faria

Categoria 4
1º Prémio - "Rómulo e eu"
Encarregada de Educação - Maria do Céu Coutinho da Silva Guimarães

2º Prémio - "Vida"
Docente - Felisbina Maria Rocha Carvalho Antunes

Publicamos aqui os poemas vencedores

Maresia

A palavra búzio

toca a música do mar.

A palavra barco,

quando o vento lhe dá nas velas,

é como uma nuvem a sobrevoar o céu.

A palavra mar

passa para lá dos sonhos

e da linha do horizonte.

Este poema acaba aqui,

mas ainda há muito para contar

e ainda mais para sonhar.

por Guilherme Costa [David Faria]



Rómulo e eu

Tu sabes,

O sonho comanda a vida!

Eu sei,

A música é a minha água preferida,

Qual mar onde mergulho em busca de diferentes espécies!

Tu conheces,

A Pedra Filosofal,

Raiz daquela floresta que oxigena o mundo!

Tu és alquimista,

Físico-químico musical!

Eu aprendo,

A experimentar os sons,

Qual cientista com seus ácidos, bases, sais…

Tu és sábio,

As palavras para ti são como as notas.

Eu procuro,

As figuras musicais,

Quais lágrimas que no tubo de ensaio água e cloreto de sódio são.

Tu e eu, amigo Rómulo,

Andamos de mãos dadas com a música,

A minha mão ainda é pequena,

Tenho que agarrar com força, como a raiz se agarra à terra, para um jardim florir!

por Titá [Maria do Céu Coutinho]





Vida

O silêncio

aconchega a terra

traz palavras de esperança

enlaça o fruto

que deseja vida.

No horizonte recortado

                            de infinito





já se vislumbra

uma prece feita nuvem.

Algumas gotas

Caem a pique

Na terra madura

Que serenamente

Acolhe o tesouro oferecido.

Um olhar se ilumina

                               de luz



puro prazer anunciado

de quem já respira vida.

E já o sol se põe

Saciado de uma estranha

                                      fome

feita aragem e água …

Feita vida.

por Maria Francisca  [Felisbina Antunes]

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